"Quando eu enchia o saco de ficar no bar
e às vezes eu enchia,
eu tinha um lugar para ir:
era um campo de capim alto
de um cemitério abandonado.
Eu não via aquilo como sendo um
passatempo mórbido.
Aquele só me parecia ser o melhor
lugar para estar.
Ele oferecia uma generosa cura para
ressacas violentas.
Através do capim dava para ver
as lápides,
muitas pendiam em ângulos estranhos
contra a gravidade,
como se precisassem cair
mas nunca vi nenhuma cair,
embora houvesse muitas delas
no cemitério.
Era fresco e escuro
com uma brisa
e várias vezes eu dormia lá.
Nunca fui incomodado.
com uma brisa
e várias vezes eu dormia lá.
Nunca fui incomodado.
Toda vez que eu retornava para o bar
depois de uma ausência
era sempre a mesma história com eles:
“onde diabos você andava?
depois de uma ausência
era sempre a mesma história com eles:
“onde diabos você andava?
achamos que você tinha morrido!”
Para eles eu era o monstro do bar,
eles precisavam de mim
para que se sentissem melhor.
Assim como eu, às vezes,
para que se sentissem melhor.
Assim como eu, às vezes,
precisava daquele
cemitério."
cemitério."
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