sábado, 10 de outubro de 2020








Liberdade




"Ele tomou vinho a noite inteira do dia 28,
e continuava pensando nela:
o jeito como ela caminhava e falava e amava, 
o jeito como ela falava coisas que pareciam sinceras,
mas que não eram.
E ele conhecia a cor de cada um dos seus vestidos
e seus sapatos - ele conhecia o barulho
e a curva de cada salto tão bem quanto a perna
que lhes emprestava sentido.


E quando ele chegou em casa, 
ela havia saído de novo,
ela voltaria fedendo daquele jeito de novo,
E outra vez aconteceu assim mesmo.

Ela chegou às 3 da madrugada
imunda como uma porca no chiqueiro.
E ele segurou a faca de açougueiro
e ela gritou se encostando na parede do quarto,
ainda bonita de alguma forma,
apesar do cheiro de sexo que se dissipava no ar
e ele terminou seu copo de vinho.
 

Aquele vestido amarelo,
era o seu preferido
e ela gritou novamente.

Ele segurou a faca e afrouxou seu cinto,
rasgou a roupa na frente dela
e cortou as bolas fora,
e as carregou em suas mãos como nozes,
as deixou cair na privada e puxou a descarga,
e ela continuou gritando enquanto o quarto ficava vermelho
- DEUS,OH! DEUS! QUE É QUE VOCÊ FEZ?

E ali ele se sentou,
segurando 3 toalhas entre as pernas,
não mais se importando 
se ela partisse ou ficasse,
se vestisse o vestido amarelo 
ou o verde ou qualquer coisa.
E com uma mão no colo 
sustentando as toalhas,
e a outra no ar
ele se serviu de mais vinho."


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