sexta-feira, 29 de janeiro de 2010




Neuroses Cotidianas


"Eu precisava tirar férias. Precisava de cinco mulheres. Precisava tirar a cera dos ouvidos. Precisava trocar o óleo do carro. Tinha esquecido de apresentar a porra da declaração de rendimentos. Um dos meus óculos de leitura estava com o pino quebrado. O apartamento cheio de formiga. Precisava limpar os dentes. Os sapatos estavam gastos no salto. Eu tinha insônia. O seguro do meu carro vencera. Eu me cortava toda vez que me barbeava. Há seis anos não dava uma boa risada. Tinha tendência a me preocupar quando não havia nada com que se preocupar. E quando havia alguma preocupação real eu tomava um porre."


Loucura


"De algum modo, sentia que estava ficando meio maluco. Mas sempre me sentia assim. De qualquer forma, a insanidade é relativa. Quem estabelece a norma?"




Dietas


"Afastei o paletó. A barriga forçava a camisa. Um botão saltara. Pensei: - É melhor mandar aspirar essa banha. Vai ter um ataque cardíaco. Eles sugam a gordura por um tubo. Você pode botar num pote e olhar, pra lembrar de jogar fora o recheio dos sonhos. Por enquanto, me sentia bem. Talvez, um dia, mandasse aspirar a gordura por um tubo. Ainda era jovem. Tinha a vida pela frente."

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010




Crescei e Multiplicai-vos


"Deus, como eram chatos. Como quase todo mundo. Não tinha mais nada novo. Morto, chato. Como no cinema. Gente chata da porra. A Terra está cheia deles. Propagando mais gente chata. Um espetáculo de horror. A terra botando chatos pelo ladrão. "

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010




Mulheres...


"Eu era um bicho do mato, nato, e me bastava viver com uma só mulher, comer com ela, dormir com ela, andar pelas ruas com ela. Não queria saber de muito papo, nem de ficar indo a lugares - fora as corridas de cavalos e a lutas de boxe. Não entendia tevê. Me sentia idiota pagando pra entrar no cinema e ficar lá sentado com outras pessoas, partilhando suas emoções. Festas me davam ânsia de vomito. Me irritavam as boas maneiras, o jogo social, o flerte, os bêbados amadores, os pentelhos. Só que festa , dança e papo furado energetizavam Lydia. Ela se achava um tesäo. Mas era um pouco óbvia demais. De modo que as nossas brigas corriam por conta do meu desejo de não ver ninguém versus o desejo dela de ver o maior número de pessoas possível."




Amizade e Fidelidade

"Se você quer saber quem são seus verdadeiros amigos, arranje uma sentença de prisão."



Solidariedade

"Se o homem pode fazer apenas uma pessoa feliz durante toda uma vida, então sua vida foi justificada."

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010





The End

"O que eu odeio é que algum dia tudo se reduzirá a nada, os amores, os poemas. Acabaremos recheados de terra como um taco barato. Que coisa mais triste, tudo é tão triste - a gente passa a vida inteira feito bobo pra depois morrer que nem besta."



Discussões

"Opiniões e ideais divergentes sempre causam problemas, e sempre haverão opiniões e ideais divergentes."


A Saída

"Ficava deitado no escuro à noite, bêbado, na rua, esperando que alguém me atropelasse. Não dei sorte. Não conseguia pensar em outra saída. Isso é uma das coisas mais difíceis, imaginar qual deve ser a primeira jogada da gente."



O que você quer ser quando crescer?

"Quando eu estava no primário, tínhamos uma professora, uma senhora, que nos perguntou:
- O que vocês querem ser quando crescerem?
E quase todos os meninos disseram que queriam ser bombeiros. Isso era burrice, a gente podia se queimar. Alguns caras disseram que queriam ser médicos ou advogados, mas ninguém disse: - Quero ser escritor.
E, agora, ali estava eu sendo um.
Ai, quando ela se aproximou de mim, eu disse:
-Não sei..."

sábado, 23 de janeiro de 2010



Bukowski por Bukowski


"Bukowski chorou quando Judy Garland cantou na Filarmônica de N.Y.,
Bukowski chorou quando Shirley Temple cantou " I got animal crackers in my soup",
Bukowski chorou em hotéis que eram verdadeiras espeluncas,
Bukowski não sabe se vestir, não sabe falar, tem medo de mulher, sofre do estômago, vive assustado, não gosta de dicionários, freiras, moedas, ônibus, igrejas, bancos de praças, aranhas, moscas, pulgas, tarados,Bukowski não foi pra guerra.
Bukowski já está velho, não solta pandorga há 45 anos;
se fosse macaco, seria expulso do convívio da espécie...

Bukowski considera Mickey Mouse nazista;
Bukowski fez um papelão na Barneys Beanery;
Bukowski se cobriu de ridículo na Shellys Manne-Hole;
Bukowski tem inveja de Ginsberg, do Cadillac 1969 e não entende Rimbaud;
Bukowski limpa a bunda com papel higiênico áspero e pardo, vai morrer daqui a 5 anos, não escreve um poema que preste desde 1963, chorou quando Judy Garland ...
Bukowski, o autor do momento; uma estátua de Bukowski no Kremlin, batendo punheta;
Bukowski e Castro, um monumento em Havana, banhado de sol e coberto de merda de passarinho;
Bukowski e Castro ganhando juntos uma corrida de bicicletas - Bukowski no selim traseiro;
Bukowski tomando banho num ninho de papa-figos;
Bukowski dando lambadas numa mulata de 19 anos com um chicote de domar tigres, uma mulata de 95 cm de busto e leitora de Rimbaud;
Bukowski, ficando fã de Judy Garland quando ela estava gorda e bebia que era uma desgraça e quando não adiantava mais ninguém se interessar.
Bukowski usa camisinha parda.
Bukowski tem medo de avião.
Bukowski não acredita em Papai Noel.
Bukowski faz figuras disformes com as borrachas da máquina de escrever.
Quando começa a chover, Bukowski chora.
Quando Bukowski chora, é aquela chuva de lágrimas.
Ah, reduto dos mananciais,
Ah, escrotos, Ah, escrotos que jorram,
Ah, a grande hediondez humana por toda parte, como aquele cagalhão fresco de cachorro que o sapato não viu hoje de manhã outra vez;
Ah, a polícia onipotente,
Ah, as armas poderosíssimas,
Ah, os ditadores tirânicos,
Ah, os grandes burros de merda por toda parte,
Ah, os polvos solitários, solitários,
Ah, o tique-taque do relógio exaurindo o hasto vital de cada um de nós, sensatos e desequilibrados, santos e constipados,
Ah, os pés-rapados caídos pelos becos de miséria de um mundo dourado,
Ah, as crianças que ficarão medonhas,
Ah, os medonhos que ficarão ainda piores,
Ah, a tristeza e os sabres e o fechamento de paredes - sem Papai Noel, sem Xota, sem Varinha de Condão, sem Gata Borralheira, sem os grandes Espíritos Eternos;
Que loucura! - só merda e cães e crianças que apanham, só merda e a limpeza da merda; só médicos sem pacientes, nuvens sem chuva, dias sem dias,
Ah, Deus todo-poderoso que jogou tudo isso em cima de nós.
Quando chegarmos nos teu magnificiente palácio hebraico, na presença dos anjos acostumados a bater ponto, quero escutar Tua voz dizendo apenas uma vez:
MISERICÓRDIA
MISERICÓRDIA
MISERICÓRDIA
POR TI MESMO
e por nós,
e pelo que fizemos por TI."



Palavras


"Palavras não são preciosidades, mas sim necessidades."



A Morte  


"Não me preocupo com a morte ou não tenho pena de morrer. Parece uma tarefa desgraçada. Quando? Na próxima quarta-feira á noite? Ou quando estiver dormindo? Ou por causa da próxima terrível ressaca? Acidente de trânsito? É uma carga, uma coisa que deve ser feita. E vou morrer sem acreditar em Deus. Isso vai ser bom, posso enfrentá-la de cabeça em pé. É uma coisa que você tem que fazer, como calçar os sapatos de manhã."



Tempo Perdido


"Os anos de pobreza me tornaram cauteloso. Mesmo os dias que ganho nas corridas não são fantásticos. Mas prefiro estar certo do que errado, especialmente quando dou horas de minha vida. Pode se sentir que o tempo está sendo literalmente assassinado lá no hipódromo. Quando você tem 70 anos, incomoda mais que alguém foda com seu tempo. Também sei que eu mesmo me coloquei na situação de ser fodido."

Seu otimismo ao acordar

"Não sei quanto às outras pessoas, mas quando me abaixo para colocar os sapatos de manhã, penso, Deus Todo-Poderoso, o que mais agora?"

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010






Bukowski, o humilde


"Fui até a gaiola e olhei meu canário vermelho. A tinta estava desbotando, algumas das penas amarelas começavam a aparecer. Era uma bela ave. Olhou para mim e olhou para trás. De repente, emitiu um pequeno trinado, ``piu``, e de alguma forma isso me fez sentir bem. Eu era fácil de agradar. O resto do mundo é que era o problema. "



Conversando com a Morte


- Você é um filósofo medíocre - disse Dona Morte.
- Para mim - eu sou perfeito.
- A gente vive de ilusões.
- Por que não? - Que é que existe mais por aí?
- O fim das ilusões.
- Bem, que inferno.


It's Evolution, Baby!

"A Terra. Poluição, violência, ar envenenado, água envenenada, comida envenenada, o ódio, a impotência, tudo. E não esqueçamos do arsenal atômico. A única coisa bonita na terra são os animais e já estão sendo dizimados, cedo estarão extintos, com exceção dos cavalos e ratos de estimação. É tão triste, não admira que se beba tanto. É, parece que nós cavamos um buraco bem fundo. A gente pode acabar em dois dias, ou durar ainda dois mil anos. Não sabemos qual das duas hipóteses é a pior, e por isso é difícil pra muita gente se interessar por alguma coisa."

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010



Sorte


"Sem ambição, sem talento, sem sorte. O que me mantinha fora da sarjeta era pura sorte, e a sorte jamais durava."



A Sabedoria do Escravo

"Não sei como é pras outras pessoas. Eu tinha de sustentar uma criança, precisava de algo pra beber, precisava pagar o aluguel, comprar sapatos, camisas, meias, essa coisarada toda. Como todo mundo, precisava dum velho carro, de comida, todas as pequenas regalias. Como mulheres. Ou como um dia nas pistas de corrida. Com todas as coisas em marcha e sem jeito de fugir, você nem pensa sobre isso. Bem, como os rapazes diziam, você tinha de trabalhar em algum lugar. Assim aceitavam o que houvesse. Essa era a sabedoria do escravo."




Como nossos pais...


"Meu pai. Ele gostava de ovos moles, eu gosto duros. Ele gostava de companhia, eu gosto de solidão. Ele gostava de dormir à noite, eu gosto de dormir de dia. Ele gostava de cachorros, eu puxava as orelhas deles e enfiava fósforos no rabo deles. Ele gostava do emprego, eu gosto de vagabundar."

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010



O mito "Charles Bukowski"

"Outro dia, fiquei pensando no mundo sem mim. Há o mundo continuando a fazer o que faz. E eu não estou lá. Muito estranho. Penso no caminhão do lixo e eu não estou lá. Ou o jornal jogado no jardim e eu não estou lá para pegá-lo. Impossível. E, pior, algum tempo depois de estar morto, vou ser verdadeiramente descoberto. E todos aqueles que tinham medo de mim ou que me odiavam quando eu estava vivo vão subitamente me aceitar. Minhas palavras vão estar em todos os lugares. Vão se formar clubes e sociedades. Será nojento. Será feito um filme sobre a minha vida. Me farão muito mais talentoso do que sou. Muito mais. Será suficiente para fazer os deuses vomitarem. A raça humana exagera tudo: seus heróis, seus inimigos, sua importância. Os filhos da puta, maldita raça humana!.. Pronto, agora me sinto bem melhor..."






Bukowski, "o astro do rock"


"O rock não me toca. Fui a um show de rock mais por causa da minha mulher, Linda. Claro, sou um cara legal, hem, hem? O show era no Dodger Stadium. Chegamos atrasados. A banda estava no palco, um som ensurdecedor, gigante, 25.000 pessoas. Havia uma vibração, mas foi breve. Era muito breve. Era muito simplório. Acho que as letras seriam legais se você conseguisse ouvi-las. Provavelmente, falavam de Causas, Decências, Amor achado e perdido etc. As pessoas precisam daquilo anti-sistema, anti-país, anti-alguma coisa. Mas uma banda milionária e bem sucedida como aquela, independentemente do que disser, AGORA FAZIA PARTE DO SISTEMA. Depois de um certo tempo, o líder da banda disse: "Este show é dedicado a Linda e Charles Bukowski!" 25.000 pessoas aplaudiram como se soubessem quem éramos. Isso é de morrer de rir."


Leitores Compulsivos

"Depois que você lê uma certa quantidade de literatura decente, simplesmente não há mais nada. Nós mesmos temos que escrever. Não há entusiasmo. Talvez eu tenha lido demais. Também, depois de décadas e décadas escrevendo (e escrevi um monte), quando leio outro escritor acho que posso dizer exatamente quando ele está fingindo, a mentira salta aos olhos, as resvaladas untuosas... Posso adivinhar qual será a próxima linha, o próximo parágrafo... Não há brilho, emoção, risco. É uma tarefa que aprenderam, como consertar uma torneira que pinga."


Adversidades

"Não há nada que ensine mais do que se reorganizar depois do fracasso e seguir em frente. Mas a maioria das pessoas fica paralisada de medo. Elas tem tanto medo do fracasso que acabam fracassando. Estão condicionadas demais, acostumadas demais que digam o que devem fazer. Começa com a família, passa pela escola e entra no mundo dos negócios."


Bukowski, o escritor do momento



"Alguns escritores tendem a escrever o que agradou seus leitores no passado. Daí, estão fodidos. A criatividade da maioria dos escritores tem vida curta. Ouvem os elogios e acreditam neles. Há apenas um juiz final do que foi escrito, que é o escritor. Quando é influenciado pelos críticos, editores, leitores, está acabado. E, é claro, quando for influenciado por sua fama e fortuna, você pode mandá-lo flutuando rio abaixo junto com a merda. Eu sempre disse que o trabalho de um escritor é escrever. Se eu for queimado por todos esses fajutos filhos da puta, é culpa minha. Vão puxar o saco da Elizabeth Taylor!"







O Importante é Competir

"Diabos, eu falhara até com mulheres. Três esposas. Nada realmente errado de cada vez. Tudo destruído por briguinhas á-toa. Implicâncias por nada. Ficar puto por tudo e por nada. Dia a dia, ano a ano, ralando. Em vez de se ajudar um ao outro, a gente se cortava todos os dias, por uma coisa e outra. Uma aporrinhação infindável. Torna-se uma competição barata. E, uma vez que a gente entra, vira um hábito. Parece que não vai conseguir sair. E de repente sai. Completamente."

sábado, 16 de janeiro de 2010




Bukowski, "o culto"

"Não costumo valorizar cultura, mas ajuda a conseguir um emprego e a entender um menu - ajuda mais no menu que no emprego, aliás. Sempre me senti inferior aos garçons. Melhorei de vida muito tarde e com pouco cacife. Os garçons lêem Truman Capote. Eu só leio os resultados das corridas de cavalos."



Escritores

"Tem um problema com os escritores. Se o livro de um escritor foi publicado e vendeu um montão de cópias, o cara se acha um grande escritor. Se o livro de um escritor foi publicado e vendeu um número razoável de cópias, o cara se acha um grande escritor. Se o livro de um escritor foi publicado e vendeu muito poucas cópias, o cara se acha um grande escritor. Se o livro de um escritor nunca foi publicado e o cara não tem dinheiro suficiente pra publicá-lo por si mesmo, aí é que o cara se acha de fato um grande escritor. Mas, a verdade é que há muito pouca grandeza. Quase inexistente. Invisível. Pode estar certo de que os piores escritores são os que têm mais autoconfiança e se põem menos em dúvida. De qualquer jeito, é melhor evitar os escritores; é o que sempre tentei fazer, mas é quase impossível. Eles sonham com uma espécie de irmandade, de união. Nada disso tem coisa alguma a ver com escrever, nada disso ajuda na máquina. Eu não sei o que os outros escritores precisam, e nem me interessa. Não os leio mesmo. Sou prisioneiro dos meus hábitos, dos meus preconceitos."


Bukowski, "o trapaceiro"

" Lá estava ele, quase nos fundos, Rodolfo Valentino. Morto em 1926. Não viveu muito. Decidi que eu ia viver até os 80. Imagine só ter 80 anos e trepar com uma garota de 18. Se tem algum jeito de roubar no jogo da morte, o jeito é esse."

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010




Completamente Blue

"Eu estava na cama, só de cueca, bêbado, fumando, um copo sobre a cadeira, ao meu lado. Encarava o teto azul, sem nenhum sentimento ou pensamento."

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010


Vivendo e Aprendendo a Jogar

"A temporada de corridas de charrete já está em "andamento" como dizem, há umas 2 semanas e fui 5 ou 6 vezes lá ver como vai indo, talvez me preparando para os páreos, o que é uma perda de tempo infernal - como tudo, aliás, que não seja uma boa trepada, um dia de sorte na máquina de escrever, um período de convalescença ou a crença cega que se possa ter numa espécie de amor & felicidade futuros. No fim todo mundo vai parar no mesmo penico de excrementos do fracasso - na morte ou no erro, dependendo do nome que cada um preferir. Não sou nenhum intelectual, mas acredito piamente que a gente deve se adaptar ao que vem pela frente, o que se poderia chamar de experiência, ainda que não se tenha muita certeza de que junto com ela se adquira sabedoria. Além disso, é bem possível que uma pessoa passe uma vida inteira de erros constantes numa espécie de estado de torpor e horror. Vocês já viram esses rostos? Eu já vi o meu."



Contemplando a Natureza

"Me servi de um copo cheio de vinho. Depois me aproximei da janela que dava para o mundo e o oceano. Que oceano bacana: nunca se cansava de fazer o que sempre fazia. Terminei o vinho, enchi outro copo, comi um pouco de tudo e aí me senti cansado. Tirei a roupa e deitei bem no meio da cama. Peidei, olhando o sol e ouvindo o mar."


Arte Moderna

"Os artistas são uns verdadeiros chatos de galocha. E míopes, ainda por cima. Quando têm êxito, acreditam na própria grandeza, por piores que sejam, e quando não têm, a culpa é sempre de alguém e não deles. Não foi por falta de talento; mesmo que sejam os piores do mundo, sempre crêem que são gênios. Se julgam melhores que Van Gogh, Mozart ou duas dúzias de outros que esticaram a canela antes de ficar com o rabinho envernizado pela FAMA. Agora, acontece que para cada Mozart existem 50.000 imbecis insuportáveis que continuam escrevendo coisas péssimas. Só os bons desistem do lance - como Rimbaud ou Rossini."






Mulheres...

"Nenhuma mulher fode do mesmo jeito que a outra, e é isso que mantém o interesse do homem, contribuindo para ele cair na armadilha."