"Neste bairro,
umas 4 quadras ao norte
e 2 ao sul
tem uma pequena casa
com pintura descascando e mato crescendo
no jardim da frente.
E ao redor desta casa
tem outras casas com gramados verdes impecáveis
canteiros enfeitados de flores e carros polidos
ocupando a entrada da garagem.
"Eu gosto desse cara", digo pra minha mulher.
"Eu gosto desse cara", digo pra minha mulher.
"Gostaria mesmo de vê-lo, sabe,
ver como é que ele se parece."
"Eu já o vi."
diz minha mulher.
diz minha mulher.
"Ah é? Sim? Como?
Quando?
"Duas vezes. E nas duas foi a mesma coisa.
"Duas vezes. E nas duas foi a mesma coisa.
Ele estava sentado na sua janela e estava
com seu chapéu baixado sobre os olhos."
"Lindo," digo.
"Lindo."
Quando saio dirigindo
Quando saio dirigindo
continuo passando por lá,
esperando vê-lo por mim mesmo
mas nunca o vejo.
De qualquer modo,
para mim
ele é a salvação deste bairro.
É quando as pessoas são todas iguais
que tudo ganha um nome e perde o sentido.
E aqui está
este santo
sem um nome. "
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