sábado, 25 de setembro de 2010





Conversa às Três e Meia da Madrugada


"As três e meia da madrugada a porta se abre

e há passos na entrada que trazem um corpo,
é uma batida e você repousa a cerveja
e vai ver quem é.

Com os diabos, ela diz, você não dorme nunca?
e ela entra com o cabelo nos rolinhos
e num robe de seda estampado de coelho e passarinho
e ela trouxe a sua própria garrafa
à qual você gloriosamente acrescenta 2 copos;

O marido, ela diz, está na Flórida
e a irmã manda dinheiro e vestidos para ela,
e ela tem estado procurando emprego
nos últimos 32 dias.

Você diz a ela que é um cambista de jóquei
e um compositor de jazz e canções românticas,
e depois de uns dois copos
ela não se preocupa em cobrir as pernas
com a beira do robe que está sempre caindo.
não são pernas nada feias,
na verdade são pernas ótimas,
e logo você está beijando

Uma cabeça cheia de rolinhos,
e os coelhos estão começando a piscar,
e a Flórida é longe,
e ela diz que não somos realmente estranhos
porque ela tem me visto na entrada.
e finalmente há muito pouca coisa para se dizer."

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