Durante meus piores momentos
nos bancos de praça,
nas cadeias
ou vivendo com putas
eu sempre tive um certo bem-estar –
eu não chamaria de
felicidade –
era mais algo como um equilíbrio interno
que se contentava com
o que quer que estivesse ocorrendo
e ajudava-me nas fábricas
e quando os relacionamentos
não davam certo com as mulheres.
ajudou-me através das guerras e das ressacas
nas brigas em becos e nos hospitais.
acordar em um quarto barato
numa cidade estranha e
abrir as cortinas –
esse era o tipo mais louco de
contentamento.
e andar pelo chão
até uma pia velha com um espelho rachado
– ver a mim mesmo, feio,
com um sorriso largo diante de tudo aquilo.
o que mais importa é
quão bem você
caminha pelo
fogo."
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