"Alguns querem, eu não,
eu quero fazer o que quer que seja que eu faço
e só,
Não quero olhar no olho adulador,
apertar a mão suada.
Acho que o que eu faço
é da minha conta.
Faço porque se não fizesse
estaria acabado.
Sou egoísta:
faço por mim mesmo,
para salvar o que restou de mim.
E quando sou abordado
como herói ou semi-deus ou guru
me nego a aceitar isso.
Não quero seus parabéns,
sua adoração,
sua companhia.
Devo ter meio milhão de leitores,
um milhão,
dois milhões.
Não me importo.
Escrevo como tenho que escrever
E no início,
quando não havia leitores,
eu escrevia como eu precisava escrever,
e se todo
o meio milhão,
o um milhão,
os dois milhões,
desaparecerem
continuarei a escrever como sempre escrevi.
O leitor é um a posteriori,
a placenta,
um acidente,
e qualquer escritor que
pense diferente
é mais idiota
que seus seguidores."
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